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18 de agosto de 2011

Crítica: “As crônicas de gelo e fogo”

Uma fantasia para adultos
Por: Edilton Nunes


Frases do tipo: "é a mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o anel" (SF Rewviews) ou "De um dos maiores mestres da fantasia surgem um épico magistral, poderoso como você jamais viu..." enfeitam a contra-capa de "A Guerra dos tronos", o primeiro dos três volumes já publicados no Brasil de "As crônicas de Gelo e Fogo", premiada série de livros do autor norte-americano George R. R. Martin. Exageros a parte (ou não) a verdade é que "Guerra dos tronos" é uma obra grandiosa a seu modo, e que carrega em si uma grande parcela de fantasia, mesclada à verossimilhança da visão que temos da idade média, com seus cavaleiros de armaduras esplendorosas, cortesãs de vestidos longos e decotes curtos, reis bondosos (e aqui também se incluem os malvados, ingênuos, loucos, inescrupulosos...), príncipes, princesas, bastardos, nobres e plebeus. Martin criou uma atmosfera que, apesar de possuir sua parcela de misticismo, mantém boa parte dos seus alicerces concretados a um mundo bem mais "realista", e só isso já o difere e muito da obra de Tolkien (o que, é claro, não significa necessariamente que seja melhor ou pior). Em "A guerra dos tronos" você não irá se deparar com elfos, trolls, magos ou hobitts passeando por ai em um universo fictício, enquanto o senhor dos anéis reúne seu exercito das sombras e marcha para a dominação da Terra-Média. Ao invés disso, você irá se familiarizar com um rei louco que ordenou que ateassem fogo a própria cidade, ao se ver diante da derrota iminente, ou com o filho bastardo de um rei, que tem de enfrentar as diferenças sociais impostas pelo fato de não ser filho legitimo, mesmo se portando e tendo o coração nato de um. Traição, pilhagens, batalhas sangrentas, sexo, incesto e uma boa dose de morte são ingredientes quase que obrigatórios nas páginas do romance de Martin.

17 de agosto de 2011

Entrevista: Alexandre Callari

Apocalipse Multimídia 
 
Por Ademir Luiz 

 
O escritor paulista Alexandre Callari é um homem de seu tempo. Com formação acadêmica em Letras, tendo atuado como tradutor e professor, acredita que o futuro da literatura está na transformação do objeto livro em uma fonte multimídia, que incite e dialogue com o público contemporâneo. De um livro pode e deve sair trailers, filmes, séries, histórias em quadrinhos, figuras de ação etc. Alexandre Callari, ao lado dos parceiros Bruno Zago e Daniel Lopes, apresenta o videocast e o podcast do site Pipoca e Nanquim, um dos mais sofisticados fóruns de debate sobre cultura pop da internet. Dono de uma vasta biblioteca, que inclui mais de onze mil HQs, incluindo diversas raridades, é autor de quatro livros: “Brincando de Escrever” (Ed. Plêiade – 1999), “Evolução é uma Opção” (K2 – 2009), “O Dilema da Desatenção” (Editora Renata Jardini – 2010) e “Quadrinhos no Cinema” (Ed. Évora – 2011). Está lançando seu primeiro romance, “Apocalipse Zumbi – Os Primeiros Anos” (Ed. Évora – 2011), primeira parte de uma trilogia que deve virar uma HQ. Um projeto que os mais antigos diriam que “vai dar samba”. Homem de seu tempo, Callari já transformou em rock.

19 de abril de 2011

Entrevista: Paulo Henrique

Entrevista com o professor Paulo Henrique C. Vasconcelos, autor da palestra "Quadrinhos em História: a HQ como fonte para a História”